Número de agressões provocadas por cães e gatos em São Ludgero preocupa Vigilância Epidemiológica

Número de agressões provocadas por cães e gatos em São Ludgero preocupa Vigilância Epidemiológica
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01/01/2021

De janeiro a agosto foram 43 agressões.

   De janeiro a agosto deste ano um total de 43 pessoas, sofreram agressões de cães e gatos em São Ludgero e este número preocupa o Setor de Vigilância Epidemiológica. A principal dica repassada é para que os proprietários vacinem seus animais contra a Raiva e também se atenham a alguns procedimentos quando pessoas forem agredidas.

   A responsável pela Vigilância Epidemiológica em São Ludgero, Marisselma Durante, diz que vacinar contra a Raiva é uma medida preventiva que visa o bem estar de cães e gatos e protege as pessoas que convivem com os animais. “A vacinação para os animais não é disponível pelo setor público, mas é um preventivo anual a ser observado por aquelas pessoas”, alerta. Ela completa dizendo que a vacinação é disponível pelo setor público, somente para a pessoa após agressão. Marisselma revela que quando uma pessoa for agredida por um animal é importante adotar algumas medidas. “Uma delas é de procurar uma Unidade de Saúde de imediato”, sugere. Ela explica que no caso de cães e gatos a eliminação do vírus da Raiva na saliva ocorre entre 2 e 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos. A morte dos animais acontecem entre o 5 e 7 dias após o início da doença. “Parece brincadeira, mas não é”, ressalta.

A transmissão da Raiva pode ocorrer não só por cães e gatos, mas por outros animais, inclusive, silvestres. Em Santa Catarina, os últimos registros apontam para casos de Raiva em cães e gatos no ano de 2006 nos municípios de Itajaí e em Xanxerê com envolvimento de morcegos. O mais comum no estado é a Raiva ser detectada em bovinos, equinos, suínos e ovinos ocasionado pelo ciclo silvestre/rural, ou seja, transmitidos por morcegos infectados. Em São Ludgero, diante das várias agressões registradas este ano por cães e gatos, felizmente não foi detectada Raiva. A doença foi apenas detectada em bovinos. Mais informações sobre Raiva podem ser obtidas direto na Vigilância Epidemiológica ou pelos fones 3657 1474 ou 3657 1938.

 

A Raiva em Humanos – No início da doença o paciente apresenta sinais inespecíficos com mal estar geral, pequeno aumento da temperatura corporal, falta de apetite e em seguida, instalam-se alterações de sensibilidade, queimação, formigamento, dor no local do ferimento, posteriormente quadro de infecção e febre, evoluindo para aerofobia, hidrofobia, crise convulsiva etc... O período entre o aparecimento do quadro clínico até o óbito varia entre 5 a 7 dias.

 

No caso de agressão (mordidas e arranhões) o procedimento mais correto é:

- Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;

- Procurar com urgência uma Unidade de Saúde;

- Não matar o animal e sim deixá-lo em lugar seguro para observação pelo período de 10 dias. E, se o animal adoecer, morrer ou mudar de comportamento a Unidade de Saúde que fez o atendimento deve ser informada de imediato.

- Caso o animal seja de rua ou não se consiga identificar o seu dono, é recomendado prendê-lo com segurança, se possível.